Milú Villela

Legado

Milú múltipla: educação, cultura e voluntariado

Milú Villela na reinauguração do prédio do Itaú Cultural, em 2002 | imagem: Gustavo Scatena/Acervo Itaú Cultural Milú Villela na reinauguração do prédio do Itaú Cultural, em 2002 | imagem: Gustavo Scatena/Acervo Itaú Cultural

O nome é Maria de Lourdes Egydio Villela, mas pode chamar de Milú. Nascida em 8 de setembro de 1943, ela dedicou quase toda a vida a empreender ações de impacto social. No voluntariado, na educação e na cultura sua prática se destaca.

Alguns dos marcos nessa trajetória são os seus períodos como presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) – de 1994 a 2019, fase que inclui a mobilização de recursos para financiar o espaço e uma ampliação do acervo – e como presidente do Itaú Cultural, que, sob sua gestão, entre 2001 e 2019, reformou seu prédio e renovou sua atividade, afinando e estendendo sua atuação. Mas essa história vem de longe.

É nos anos 1970 que se dá o pontapé inicial disso tudo. Após se formar em psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ela fundou O Caracol, uma das primeiras escolas a usar o método Jean Piaget. Em 1994, cria a Associação Comunitária Despertar, focada na qualificação para o trabalho de jovens entre 15 e 24 anos. Realiza outra criação em 2002: o Instituto Faça Parte – Brasil Voluntário. Já em 2006, ela lançou o movimento Todos pela Educação, que se tornou a instituição Todos pela Educação.

E isso não é tudo. A variedade e a amplitude do trabalho de Milú é o que nos inspira no lançamento deste site. Aqui conhecemos mais sobre ela – filha de Eudoro Libânio Villela e Maria de Lourdes Arruda Villela, neta de Alfredo Egydio de Souza Aranha, fundador do banco Itaú, uma mulher, que pensou os vários Brasis e buscou a inovação.

Eduardo Saron

Presidente da Fundação Itaú, Carta dedicatória

IMPACTO DE UMA VIDA

Atuação de Milú em diferentes frentes

MILÚ VILLELA EM EVENTO NO ITAÚ CULTURAL EM 2008 | IMAGEM: AUTOR DESCONHECIDO/ACERVO ITAÚ CULTURAL MILÚ VILLELA EM EVENTO NO ITAÚ CULTURAL EM 2008 | IMAGEM: AUTOR DESCONHECIDO/ACERVO ITAÚ CULTURAL

Documentário sobre Milú Villela

Raphael Erichsen, Tarso Araujo 2019
           

1943

Nasce Maria de Lourdes Egydio Villela, filha de Eudoro Libânio Villela e Maria de Lourdes Arruda Villela e neta de Alfredo Egydio de Souza Aranha.

1965

Ingressa no curso de psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).

1970

Funda e dirige O Caracol, uma das primeiras escolas a usar o método Paulo Freire.

Junho de 1994

Funda a Associação Comunitária Despertar, no Jardim Miriam, na Zona Sul de São Paulo.

Dezembro de 1994

Assume a presidência do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).

1997

Funda e preside o Centro de Voluntariado de São Paulo.

2000

Ganha o prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) por seu trabalho no MAM.

Maio de 2001

Assume a presidência do Itaú Cultural (IC).

2001

Preside o Comitê Brasileiro para o Ano Internacional do Voluntariado, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 123 países.

2002

Funda e preside o Instituto Faça Parte – Brasil Voluntário.

Novembro de 2002

Abre a 57ª assembleia geral das Nações Unidas, com discurso no plenário sobre a causa do voluntariado.

Setembro de 2006

É uma das lideranças do movimento Todos pela Educação, que levou à criação do instituto de mesmo nome.

Dezembro de 2014

Inaugura, no prédio do IC, o Espaço Olavo Setubal, mostra permanente da Coleção brasiliana Itaú e Itaú numismática.

2017

Participa da mostra Modos de ver o Brasil – Itaú Cultural 30 anos. Neste ano, ocorre a primeira edição do prêmio que, em 2022, receberia o seu nome.

2019

Torna-se presidente de honra do MAM e encerra sua gestão no Itaú Cultural.
Da esquerda para a direita, o músico e então ministro da cultura Gilberto Gil, Milú Villela e o hoje presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, em apresentação da exposição Itaú Cultural 20 anos ao Ministério da Cultura, em 2007 | imagem: Alexia Santi/Cia. de Foto/Acervo Itaú Cultural Da esquerda para a direita, o músico e então ministro da cultura Gilberto Gil, Milú Villela e o hoje presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, em apresentação da exposição Itaú Cultural 20 anos ao Ministério da Cultura, em 2007 | imagem: Alexia Santi/Cia. de Foto/Acervo Itaú Cultural
Milú Villela no lançamento do programa Rumos Itaú Cultural em 2003 | imagem: Rubens Chiri/Acervo Itaú Cultural Milú Villela no lançamento do programa Rumos Itaú Cultural em 2003 | imagem: Rubens Chiri/Acervo Itaú Cultural
Milú Villela e o hoje presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, na abertura da exposição Emoção art.ficial 4.0: emergência!, no Itaú Cultural, em 2008 | imagem: Christina Rufatto/Acervo Itaú Cultural Milú Villela e o hoje presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, na abertura da exposição Emoção art.ficial 4.0: emergência!, no Itaú Cultural, em 2008 | imagem: Christina Rufatto/Acervo Itaú Cultural
A então primeira-dama do estado de São Paulo, Lu Alckmin, Milú Villela e o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em evento para executivos da exposição Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, em 2017 | imagem: Christina Rufatto/Acervo Itaú Cultural A então primeira-dama do estado de São Paulo, Lu Alckmin, Milú Villela e o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em evento para executivos da exposição Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, em 2017 | imagem: Christina Rufatto/Acervo Itaú Cultural
Da esquerda para a direita, o músico Gilberto Gil, Milú Villela e o ator Sérgio Mamberti no lançamento do programa Rumos Itaú Cultural, em 1998 | imagem: Rubens Chiri/Acervo Itaú Cultural Da esquerda para a direita, o músico Gilberto Gil, Milú Villela e o ator Sérgio Mamberti no lançamento do programa Rumos Itaú Cultural, em 1998 | imagem: Rubens Chiri/Acervo Itaú Cultural
Milú Villela e o hoje presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, em evento para executivos da exposição Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, em 2017 | imagem: Christina Rufatto/Acervo Itaú Cultural Milú Villela e o hoje presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, em evento para executivos da exposição Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, em 2017 | imagem: Christina Rufatto/Acervo Itaú Cultural
À frente, da esquerda para a direita, o casal Daisy Setubal e Olavo Setubal [ela foi conselheira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e ele presidente do Itaú Cultural, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e Milú Villela na reinauguração do prédio do Itaú Cultural na Avenida Paulista, em 2002 | imagem: Gustavo Scatena/Acervo Itaú Cultural À frente, da esquerda para a direita, o casal Daisy Setubal e Olavo Setubal [ela foi conselheira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e ele presidente do Itaú Cultural, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e Milú Villela na reinauguração do prédio do Itaú Cultural na Avenida Paulista, em 2002 | imagem: Gustavo Scatena/Acervo Itaú Cultural
Milú Villela, Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal. Os dois últimos eram então, respectivamente, presidente do Conselho de Administração do Itaú e presidente do banco. Eles participam do evento Itaú Cultural 25 anos, em 2012 | imagem: Sm2 Estúdio/Acervo Itaú Cultural Milú Villela, Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal. Os dois últimos eram então, respectivamente, presidente do Conselho de Administração do Itaú e presidente do banco. Eles participam do evento Itaú Cultural 25 anos, em 2012 | imagem: Sm2 Estúdio/Acervo Itaú Cultural
Sobre Ela

Explore a trajetória de Milú Villela

Milú Villela em frente à obra Spider, de Louise Bourgeois, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 2006 | imagem: German Lorca Milú Villela no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 2006 | imagem: German Lorca

O espírito público não apenas permeia, mas é a essência da trajetória de Milú Villela. Nesta seção, celebramos o legado de suas inúmeras contribuições para a arte, a cultura e a sociedade civil brasileira. Sua atuação em instituições públicas e privadas sempre acolheu novas ideias e teve a ousadia de transformar diversas práticas para promover o acesso à arte, à cultura e à educação. Milú trabalhou em conjunto com diversas comunidades e teve uma presença estratégica em revistas, eventos e jornais. Uma mulher de ampla capacidade de articulação, sempre voltada para temas fundamentais que contribuem profundamente para o verdadeiro desenvolvimento do tecido social nacional. Sua gestão inovadora, atuação enfática no voluntariado e presença como intelectual pública resultaram em transformações significativas na sociedade, reconhecidas internacionalmente.