Legado
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O nome é Maria de Lourdes Egydio Villela, mas pode chamar de Milú. Nascida em 8 de setembro de 1943, ela dedicou quase toda a vida a empreender ações de impacto social. No voluntariado, na educação e na cultura sua prática se destaca.
Alguns dos marcos nessa trajetória são os seus períodos como presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) – de 1994 a 2019, fase que inclui a mobilização de recursos para financiar o espaço e uma ampliação do acervo – e como presidente do Itaú Cultural, que, sob sua gestão, entre 2001 e 2019, reformou seu prédio e renovou sua atividade, afinando e estendendo sua atuação. Mas essa história vem de longe.
É nos anos 1970 que se dá o pontapé inicial disso tudo. Após se formar em psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ela fundou O Caracol, uma das primeiras escolas a usar o método Jean Piaget. Em 1994, cria a Associação Comunitária Despertar, focada na qualificação para o trabalho de jovens entre 15 e 24 anos. Realiza outra criação em 2002: o Instituto Faça Parte – Brasil Voluntário. Já em 2006, ela lançou o movimento Todos pela Educação, que se tornou a instituição Todos pela Educação.
E isso não é tudo. A variedade e a amplitude do trabalho de Milú é o que nos inspira no lançamento deste site. Aqui conhecemos mais sobre ela – filha de Eudoro Libânio Villela e Maria de Lourdes Arruda Villela, neta de Alfredo Egydio de Souza Aranha, fundador do banco Itaú, uma mulher, que pensou os vários Brasis e buscou a inovação.
Eduardo Saron
Presidente da Fundação Itaú, Carta dedicatória
Raphael Erichsen, Tarso Araujo 2019
Quando Milú Villela assumiu a presidência do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1994, o público no final do ano foi de 10 mil pessoas. Em 2002, esse número chegou a 280 mil. O que gerou essa reviravolta foi a visão de gestão de Milú.
Leia maisTodas as ações das instituições culturais que Milú Villela presidiu partem de um eixo que ela considera ser a base de tudo – a educação. Ela abriu as portas do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e do Itaú Cultural (IC) para o debate com escolas e a sociedade.
Leia mais“Não há como construir um país mais justo sem contemplar a solidariedade. Chegou a hora de cada um de nós fazer a sua parte”, afirmou Milú Villela. Foi esse espírito que fez dela a primeira pessoa da sociedade civil a abrir a 57ª assembleia geral das Nações Unidas, com discurso no plenário em 26 de novembro de 2002.
Leia maisSobre Ela
O espírito público não apenas permeia, mas é a essência da trajetória de Milú Villela. Nesta seção, celebramos o legado de suas inúmeras contribuições para a arte, a cultura e a sociedade civil brasileira. Sua atuação em instituições públicas e privadas sempre acolheu novas ideias e teve a ousadia de transformar diversas práticas para promover o acesso à arte, à cultura e à educação. Milú trabalhou em conjunto com diversas comunidades e teve uma presença estratégica em revistas, eventos e jornais. Uma mulher de ampla capacidade de articulação, sempre voltada para temas fundamentais que contribuem profundamente para o verdadeiro desenvolvimento do tecido social nacional. Sua gestão inovadora, atuação enfática no voluntariado e presença como intelectual pública resultaram em transformações significativas na sociedade, reconhecidas internacionalmente.